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01-04-2003

Combustível perigoso usado nas cerâmicas


Economia

Bairrada Combustível perigoso está a ser usado nas cerâmicas Pedro Fontes da Costa Para reduzir custos, indústrias da Região Centro estão a optar por outras fontes energéticas. Hidrocarboneto utilizado é suspeito de ser prejudicial para a saúde Uma elevada percentagem de empresas cerâmicas da Região Centro está a substituir o gás natural pelo coque de petróleo, como resposta à crise instalada no sector da cerâmica estrutural. Trata-se de um combustível sólido, obtido através do craqueamento de resíduos pesados, bastante poluente e essencialmente constituído por carbono (90 a 95%) e por componentes potencialmente cancerígenos. A vantagem nesta troca reside nos altos ganhos que as empresas obtêm – em alguns casos mais de 500 mil euros anuais –, uma vez que o imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) não incide neste combustível. Enfrentar a concorrência O elevado custo do gás natural tem levado muitos empresários a optarem pela reconversão das unidades industriais para queimarem coque de petróleo, cujo custo por Kcal equivalente é 50% inferior ao gás natural. Na Bairrada, oito empresas estão a consumir coque e pelo menos mais quatro cerâmicas da localidade estão já a restruturar os sistemas de queima. Neste tipo de indústria, o peso energético representa 30% do custo final do produto, o que leva outros empresários do sector a optarem por este derivado do petróleo para enfrentarem a concorrência. A utilização deste combustível permite obter ganhos na ordem dos dois cêntimos por tijolo (tamanho 11). Um dos países exportadores do coque de petróleo são os Estados Unidos da América onde, no entanto, a sua utilização já foi proibida. Lacuna legislativa Apesar da proibição nos EUA, por motivos relacionados nomeadamente com o grau de toxicidade deste combustível sólido, nada impede as empresas portuguesas de o utilizarem, devido a uma lacuna existente na legislação nacional. Uma fonte ligada à gestão de uma das principais cerâmicas da Bairrada, em declarações ao JB, admitiu: «O Estado estará a perder milhões de euros num produto que não é tratado como um combustível poluente, nem como um derivado do petróleo que devia estar sujeito ao imposto sobre produtos petrolíferos«. Segundo afirmou, «o que se passa é que a presente legislação aplica-se a combustíveis líquidos e não a sólidos«, sublinhando que os empresários que investiram milhares de euros na introdução do gás natural «sentem-se defraudados«. Fernando Silva, engenheiro nuclear, homem ligado à actividade empresarial do sector da cerâmica, alertou para um outro problema relacionado com o combustível em causa. Segundo afirmou, trata-se de um produto extremamente poluente e que na linha de refinação do petróleo é o mais «sujo«. Risco ambiental Devido ao seu elevado teor de enxofre (4,5 %) está considerado um potencial causador de chuvas ácidas. José Luís Sequeira, vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER ), organismo com sede em Coimbra, confirmou, ao JB, que existe, de facto, um risco acrescido em termos ambientais uma vez que o teor de enxofre é mais elevado do que no gás natural. «Se as empresas tiverem determinados cuidados não significa que estejam a poluir, mas o risco é mais elevado«, reforçou o dirigente associativo. Portugal importou, nos primeiros 10 meses de 2002, 358968 toneladas de gás natural e 582306 toneladas de coque de petróleo, segundo o Instituto Nacional de Estatística. De acordo com as empresas cerâmicas contactadas, o coque de petróleo é exportado a partir dos Estados Unidos da América e de Espanha. Existem 130 cerâmicas de tijolo, em Portugal, que produzem 5,2 milhões de tijolos por ano. Têm uma facturação anual na ordem dos 275 milhões de euros, segundo a Associação Portuguesa da Indústria Cerâmica (APICER). (5 Mar 03 / 9:59)

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